nego-me a clareza do papel.
Sujeito-me à rotina.
Ocupo minha casa com sons burocráticos:
a água borbulhando, a torneira pingando, as xícaras contra os pratos.
Substituo abraços pelo odor do café.
Calo as músicas.
Enalteço as aulas de Direito Processual.
Miro minhas mãos
- sempre temi ter mãos envelhecidas -
eis que carregam o rastro das tintas...
Definitivamente,
o que não fez pouso em minha face
fez morada nas falanges.